English Bellow:
2.297 migrantes morreram no mar Mediterrâneo desde o início de 2018 e, com eles, o seu sonho de uma vida melhor no continente europeu. Este valor corresponde unicamente ao número de mortes reportadas já que não se sabe, ao certo, quantas pessoas partem da costa do outro lado do mediterrâneo.
À medida que a consciência dos indivíduos se entorpece face à quantidade de notícias negativas a que somos expostos diariamente e vidas humanas se tornam números anónimos, há que abanar a letargia de pensar que não podemos agir sobre a miséria criada pelas fronteiras, pelo nacionalismo e pela ignorância.
O primeiro passo a tomar é lembrar todos aqueles que morreram. Dia 12 de janeiro queremos fazê-lo, numa demonstração pública de respeito por aqueles que perderam as suas vidas no mar. Queremos também enviar uma mensagem de esperança aos que hoje lutam por encontrar o seu caminho. Estaremos vestidos de preto. Como um gesto simbólico convidamos os participantes a trazer um barco de papel.
Pretendemos que este seja um ato calmo e pacífico. Condenamos a forma como os requerentes de asilo se encontram presos em campos nos dois lados do Mar Mediterrâneo, onde os direitos humanos são violados de forma recorrente. Nenhuma fronteira deveria ter mais valor que uma vida humana. Condenamos os acordos entre a União Europeia e a Líbia, país no qual os requerentes de asilo são confrontados com condições que violam os seus direitos. Os Direitos Humanos têm que estar na base de qualquer decisão política. Exigimos à União Europeia a criação de canais legais e de mecanismos de passagem seguros para os requerentes de asilo. A União Europeia precisa de apoiar ativamente missões civis de regaste e de estabelecer uma rota de fuga segura através do Mediterrâneo.
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2.297 migrants died in the Mediterranean sea together with their dream of a better life in Europe since the beginning of 2018. This number is merely the reported amount of deaths, as nobody knows how many people leave the shores on the other side of the sea. As conscience gets numb under all the bad news and lives become anonymous numbers, let’s shake off the lethargy of thinking we can not do something about the misery created by borders, nationalism and ignorance.
First step is to remember all those who perished. On January 12th we will do this in a public display of respect. Let’s pay our respect and commemorate all the unknowns who lost their life on their way to Europe. Let’s also send out a thought of hope to the ones who are still trying to find their way.
We will be dressed in black. As a symbolic gesture each participant is invited to fold a paper boat. This is intended to be a quiet, peaceful act.
We condemn the way asylum seekers are stuck in the camps on both sides of the Mediterranean Sea, where human rights are violated. No border should be more worthy of protection than a human life. We condemn the European Union’s policy of assisting the Libyan coast guard to intercept and return migrants in so called push-back actions into Libya, where asylum seekers meet conditions which violate their rights. Human Rights must be the fundamental basis of every political decision. We demand the European Union to install more legal migration channels and a safe passage possibility for asylum seekers. The EU needs to actively support civil sea rescue and install a secure maritime escape route. #wewontforgetyou