Colectivo HuBB condena a candidatura de Eduardo Cabrita à Frontex

O Colectivo HuBB – Humans Before Borders repudia a candidatura de Eduardo Cabrita, antigo Ministro da Administração Interna, à agência da União Europeia Frontex. Esta agência é responsável pela execução das políticas de fronteiras da União Europeia. 

Eduardo Cabrita, antigo ministro da Administração Interna, com a tutela do SEF, anunciou a sua candidatura a Diretor Executivo da Agência Europeia – Frontex. O Colectivo HuBB – Humans Before Borders emitiu um comunicado de condenação e repúdio desta decisão, que irá certamente envolver esforços diplomáticos por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“O mandato de Eduardo Cabrita foi marcado, entre outros incidentes, pelo assassinato violento do cidadão Ucraniano, Ihor Homeniuk, em 2020, por funcionários do SEF do aeroporto de Lisboa. Perante a recusa em assumir responsabilidades nesse momento, o colectivo HuBB considera que Eduardo Cabrita já provou não estar apto para cargos desta importância”, referiu Mariana Garrido, activista do coletivo. “É particularmente preocupante atendendo ao mandato da Frontex e às denúncias de violações de direitos humanos de que a agência tem sido alvo”, acrescentou.

No comunicado, o coletivo demonstra recear que o mesmo “modus operandi seja replicado numa eventual liderança da Frontex” e que o futuro se deve pautar pela “construção de uma política migratória europeia centrada em direitos, decolonial e progressista”.A HuBB, que é uma das plataformas da sociedade civil subscritoras da campanha Abolish Frontex, refere também que esta agência tem comprovadamente violado o princípio de Non-Refoulement, realizando push backs ilegais, perseguindo atores humanitários e colaborando com a Guarda Costeira Líbia. A campanha Abolish Frontex pede a extinção da agência como única opção viável para transitar de um paradigma de criminalização da migração para um modelo em que a mobilidade humana seja segura e livre.

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