Este ano apresentamos-te a 4ª Edição do Festival Passagens!
Se ainda não o conheces, podes ler sobre as edições anteriores no nosso site. É um fim de semana de educação, discussão e celebração da migração em Portugal.
Onde? Os Penicheiros, Barreiro
Quando? 17 e 18 de Maio de 2025
Portas abrem às 14h.
Entrada Livre.
Guarda a data no calendário e fica atent@ à programação que será divulgada nos próximos meses nas nossas redes sociais.
Música
Prétu
Prétu é uma afronauta numa viagem sónica e visual pelo seu cosmos sampladélico, parando em estações à procura de viajantes que queiram fugir do metaverso imperial, previsível e vigiado.
Usa o sampler como anacronizador para dissolver o Masters Clock. O tempo é encolhido, esticado, acelerado e desacelerado, corrido em várias direções, sobreposto, loopado, espiralizado, warpado. O velocímetro deste Objeto Sónico Não Identificado marca BPMs variados. Samples são a ignição. Poliritmos acústicos e electrónicos aceleram partículas e os sintetizadores, misturados com delays, reverbs e distorções, abrem fendas entre géneros e criam portais que atravessam dimensões. Não existe gravidade. Quem precisa de chão não embarca. Fragmentos de electrónica, dub, morna, batuku ou colaboi chocam, colapsam, e da poeira estelar, e da chuva cósmica, nasce a música.
Não há mapa. Navega-se à vista através de tecnologia ancestral africana em busca da profetizada “Strela Negra”. Por vezes com co-pilotos, às vezes sozinho. Porém, há uma entidade, que se materializa aleatoriamente no cockpit, usando o corpo e o movimento como oráculo. Mensagens disponíveis no arquivo afrogalatiko são intuídas, descarregadas, reinterpretadas e oralizados em diversos fluxos e linguagens. Retransmitidas à procura de chegar a guerrilheiros doutros quadrantes na luta contra o colonialismo e o império, que depois da terra e dos corpos colonizou a consciência com o algorítmo. No multiverso de prétu “A Luta Continua”.
Sana Cissokho
Sana Cissokho é um músico senegalesa que, desde a infância, foi educado na arte de contar histórias e de tocar o tradicional instrumento de cordas kora. Descendente de uma linhagem de mestres lendários como Toumani Diabaté, Ballaké Sissoko e Sona Jobarteh (a primeira tocadora de kora a receber reconhecimento internacional), Cissokho segue os passos ancestrais desta tradição musical, mantendo viva a sua rica herança cultural. O seu repertório alia a esta herança uma abordagem contemporânea e já o levou a palcos de festivais como o Sauti Za Busara, na Tanzânia, ou o World Music Week, em Portugal.
Segue o Sana em @sanacissokho no Instagram e no Tiktok.
Muvuka
Muvuka é um projeto musical que se traduz em movimento, conexão e fusão cultural. O seu nome vem do termo bantu “Mvuka” — que evoca a energia de uma multidão vibrante e agitada — a banda incorpora esse sentimento ao misturar ritmos brasileiros com os ricos sons da música argelina (uma mistura de influências latinas e árabes), imbuídos da energia multicultural de Lisboa, onde a banda nasceu. No palco, as fronteiras dissolvem-se: instrumentos, vozes e a energia do público colidem, transformando todo o espaço em uma única e pulsante “muvuca”. Como uma ponte sobre o Atlântico, a sonoridade de Muvuka convida os ouvintes a uma jornada onde continentes se encontram, tradições se entrelaçam e pessoas se unem por meio da dança e da celebração. Com ritmos irresistíveis e diálogos interculturais na sua essência, cada apresentação abre espaço para o diálogo cultural— provando que a música é a linguagem universal por excelência.
Samy Zeghmati – Samy.zegh / Voz e Guitarra
Di Grecco – digrecco_ / Voz e Guitarra
Alexandre Caetano – alexandrecaetano / Percussão
Vasco Sousa – vaaco_sousa_96 / Baixo
Samy Zeghmati Trio – Paths we cross
Nos tempos antigos, o mar era a estrada que ligava, misturava, mas também explorava povos de todo o mundo. O mar sempre foi uma estrada, um caminho a seguir e uma encruzilhada. A história da humanidade é uma história de migração e a música sempre foi a expressão da necessidade das pessoas comunicarem os seus sentimentos e partilhá-los com os outros. Em Paths we cross, inicia-se uma viagem. Uma viagem de histórias individuais de diferentes aspetos da migração: migração forçada, migração desejada, anseio, esperança, choque cultural, aprendizagem através da diversidade, desafios e oportunidades. Paths we cross é o primeiro passo de um projeto maior que visa abordar temas em torno do tema da migração, sob diferentes ângulos, partindo sempre de uma perspetiva individual.
Samy Zeghmati – Samy.zegh / Voz e Guitarra
Andre Velho Morais – Senesmusic / Guitarra
Alexandre Caetano – alexandrecaetano / Percussão
Gabby Da Glock
Travesti brasileira que, com coragem e determinação, cruzou o oceano direto de Goiânia para Portugal há mais de sete anos. Desde então, Gabby tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento e apoio à comunidade queer em Portugal, dedicando-se incansavelmente a causas sociais que promovem inclusão e acolhimento. À frente da Casa T, a primeira casa de acolhimento voltada para pessoas trans imigrantes em Portugal, Gabby tem sido uma verdadeira força motriz na luta pelos direitos e bem-estar dessa população. Como presidenta da Casa T, ela oferece não só um lugar seguro, mas também esperança e dignidade a quem mais precisa. Sua atuação não se limita à Casa T. Há mais de três anos, Gabby também integra a equipe do GAT Intendente, instituição onde contribui para a saúde e bem-estar da comunidade queer e trabalhadores do sexo. Sua presença marcante também é sentida nas noites lisboetas, onde ela se dedica a tornar as melhores festas da cidade mais inclusivas e seguras para pessoas queer, garantindo um ambiente de respeito e diversidade. Agora, Gabby nos revela mais uma de suas muitas facetas: Gabby da Glock. Preparada para incendiar as pistas de dança, ela chega com uma proposta única de som, misturando o melhor do funk brasileiro com batidas de techno, oferecendo uma experiência sonora inovadora e irresistível. Com cada passo, Gabby reafirma sua identidade, seu compromisso com a comunidade e seu talento multifacetado. Seja no ativismo social ou na música, sua presença é transformadora e inspiradora, tornando Portugal um lugar mais inclusivo e vibrante para todxs.
Performances
Ginginha Poética
A Ginginha Poética é um evento criado em 2019 e apresentado por Maria Giulia Pinheiro e Irma Estopiñà, e que atualmente faz parte da FALA associação. É uma roda de poesia com o melhor da boémia, idealizada como um espaço poético de confraternização e diálogo das diferentes línguas portuguesas, e de outras línguas que migram pelo território; uma forma de aproximar as pessoas migrantes às locais. Declamam-se poesias em 4 ou 5 rodadas, onde cada declamação é acompanhada de um brinde com ginginha ou outra opção não alcoólica, como forma de celebração simbólica da poesia.
Fotografia: Mário Martins
Instagram: @ginginhapoetica; @fala.pt; @mariagiuliapinheiro; @irma_est
Conversas
História, presente e futuro do movimento negro em Portugal
Moderador e curador: Yussef
Yussef é um militante pan-africanista e membro do Movimento Africano de Trabalhadores e Estudantes-RGB. Enquanto ativista do Coletivo Consciência Negra, participou na campanha para a mudança da lei da nacionalidade em Portugal.
A conversar com Yussef vão estar Flávio Almada, Apolo de Carvalho, Luzia Moniz e Manuel Dias dos Santos.
Artistas migrantes – fronteiras além fronteira
Moderadora e curadora: Àkila
Àkila, também conhecida como Puta da Silva, é cantora, realizadora e atriz. É uma das grandes referências da produção artística portuguesa na atualidade. Desde 2020, Àkila conquistou a aclamação do público ao lançar seu primeiro single, Bruxonas, que foi selecionado para o “MVF Awards Brasil 2020”, na categoria “Melhor Videoclipe Feito no Lockdown”. Entre muitos outros singles de sucesso, lançou recentemente a canção “Os vampiros” do compositor português Zeca Afonso, lançado no dia 25 de abril de 2025 para reafirmar o legado pela liberdade.
Desde sua estreia, Àkila tem marcado presença em diversos festivais da cena musical portuguesa e realizou concertos históricos, com performances inconfundíveis, visuais impactantes, composições políticas e poéticas, embaladas pelo rock, funk, punk e outros ritmos afro-brasileiros, são alguns dos elementos presentes em suas obras.
Além da música, Àkila atuou na novela Cacau 2024, destacando-se como a primeira atriz trans a participar de uma novela portuguesa. Atuou também em filmes e video-performances e como diretora artística e produtora audiovisual no projeto Visto Permanente – Acervo Audiovisual das Novas Culturas Imigrantes. Participou do colóquio internacional Queer Aqui (com base em Nova York), ao lado de Daniel da Silva como moderador, Miguel Vale de Almeida e Jack Halberstam (Columbia University, Nova York), entre outros.
A conversar com Àkila vão estar Ágatha Cigarra e Luan Okun.
Imigração e mercado de trabalho: uma conversa sobre a Manifestação de Interesse
Moderadora e curadora: Ana Paula Costa
Ana Paula Costa é Cientista Social, Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa. Atualmente é doutoranda em Ciência Política pela mesma universidade, investigadora associada no Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) e Presidente da Casa do Brasil de Lisboa.
A conversar com Ana Paula Costa vão estar Anabela Rodrigues, Rui Pena Pires e Amanda Lima.
Curtas-Metragens
Júlia Vilhena, NEYA
Júlia Vilhena é realizadora e investigadora. Brasileira, do Rio de Janeiro, reside em Portugal há quatro anos. Formada em Antropologia e em Direção Cinematográfica, desenvolveu uma tese de mestrado sobre o filme-ensaio de mulheres realizadoras do Sul Global em diálogo com os Estudos Culturais. “NEYA” é um dos trabalhos de criação desenvolvidos durante o seu doutoramento em Estudos Fílmicos pela Universidade de Coimbra, em que pesquisou as dimensões afetivas, estéticas e políticas dos movimentos de desterritorialização no cinema contemporâneo. É diretora/argumentista de curtas-metragens; atuou como assistente de realização, produtora executiva, curadora, e atualmente é investigadora colaboradora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho.
Nicolàs Isasi, Paisagens para a Liberdade
Nicolàs é um realizador de Cinema argentino formado pela FUC (Universidad del Cine) e Opera Regié formado pelo ISATC (Instituto Superior de Arte del Teatro Colón). Trabalhou em mais de 80 produções audiovisuais e operísticas como diretor, produtor, diretor de arte, assistente de direção, figurinista e cenógrafo. Por mais de uma década trabalha como Professor Adjunto e JTP de Direção de Arte e na Oficina de Cenografia da Universidad del Cine nas cadeiras dos cenógrafos e figurinistas argentinos Ponchi Morpurgo e Eduardo Lerchundi. Em 2019 chegou às semifinais do Concurso Internacional NANO-OPERA, organizado pelo Teatro Helikon em Moscou, tornando-se um dos dez melhores jovens encenadores de ópera do mundo. Seu filme OUT OF MIND, sobre a pandemia, foi exibido em mais de 30 festivais internacionais de cinema e recebeu o prêmio de Melhor Filme Experimental no Indie Online Film Fest, o Prêmio Especial do Júri de Melhor Ator no Festival de Cinema da Europa e duas menções honrosas Menções no Bloomington Indiana Film Festival e no Festival del Cinema di Cefalù. Em 2023 estreou-se como encenador na Europa com a ópera “As Damas Trocadas” de Marcos Portugal no Teatro Vila Real para o Palácio de Mateus. Em 2024, foi um dos artistas seleccionados para participar do PQ 2024: Technologies in Theatre, Performance and Exhibition Design organizado pela Quadrienal de Praga de Performance e Space Design. Atualmente trabalha como professor, escreve e prepara novos projetos.
Paisagens para a liberdade é uma mensagem de paz e esperança para o mundo, prestando homenagem e envolvendo 3 ucranianos com experiências de vida diferentes que não se conhecem, mas que tenho conhecido ao longo dos anos: um que está na frente de batalha, outro que continua a criar obras de arte lá e um que está fora devido ao contexto atual que o país atravessa. Mostra parte da mudança na natureza como resultado da guerra. O trabalho de cor e animação baseia-se no tríptico “Mergulhando na Terra” da artista ucraniana Olena Morokhovska, com música do compositor italiano Matteo Ramon Arevalos e poesia do escritor ucraniano Iván Frankó.
Violeta Mora, Maíz
Tecelã de fios, imagens e sons.
Violeta Mora é uma artista e cineasta da América Central atualmente radicada em Lisboa.
Realizados maioritariamente na diáspora, os seus filmes constroem espaços cinematográficos que evocam mais do que retratam, transformando imagens e sons em territórios habitáveis. Explora as propriedades que os fios e o cinema têm em comum e borda como Araña Lunática.
Davit Petrosyan, Relatively Vibrant
Davit Petrosyan é um artista multidisciplinar da Arménia que trabalha com música, design e cinema. Radicado em Lisboa e originário de Yerevan, sua prática criativa combina som, visual e narrativa em experiências profundamente pessoais, porém universalmente ressonantes. Inspirando-se em suas raízes e em ambientes em constante evolução, Davit explora identidade, memória e emoção por meio de um trabalho fluido, intencional e movido pela alma.
Sob o pseudónimo Your friend, daao, ele produz e interpreta músicas que desafiam géneros, misturando house, jazz, hip-hop, garage, breakbeat e muito mais — o que ele chama de Soul Electronic. Quer seja apresentando-se ao vivo, discotecando, dirigindo vídeos ou criando conceitos, o trabalho de Davit é guiado por uma profundidade emocional e sensibilidade ao ritmo e à narrativa.
Davit também colabora com marcas e organizações culturais, desenvolvendo soluções personalizadas e pensadas que se transformam em vídeos, eventos ou produtos — sempre enraizadas na narrativa e na integridade artística. Sua experiência em design de produto e direção criativa lhe permite abordar cada projeto com visão estética e clareza estratégica.
No cerne de tudo o que Davit cria está o desejo de criar espaços honestos e imaginativos que convidem as pessoas a sentir, refletir e moverem-se.
Simon Straetker, David Lohmüller. Seabird: The Civil Eye
O Mediterrâneo central é um palco onde a raiva, a tristeza e o alívio se cruzam de forma constante. É também uma zona onde os direitos humanos continuam a ser violados de forma sistemática. Desde 2017, a Sea-Watch, em parceria com a ONG suíça Humanitarian Pilots Initiative (HPI), realiza voos regulares sobre esta região com o objetivo de documentar abusos cometidos pela chamada guarda costeira líbia. O documentário ‘Seabird: The Civil Eye’ lança um alerta claro: a União Europeia deve pôr fim à sua cooperação com a guarda costeira líbia e, em alternativa, criar rotas de fuga seguras para todas as pessoas que procuram proteção.
Leon Salner – On the Nadir: The Tunisian Corridor – A Three-Week Journey
Em fevereiro de 2023, um discurso racista do presidente tunisino desencadeou uma onda de violência e ataques contra negros no país. Como resultado, muitos arriscaram a perigosa travessia ao longo do que mais tarde ficou conhecido como o “Corredor Tunisino”, uma rota através do Mediterrâneo Central até à Europa.
Uma realidade esquecida numa rota de voo mortífera: a ONG alemã RESQSHIP e.V. opera o veleiro Nadir no Mediterrâneo Central para apoiar pessoas em perigo no mar — indivíduos que, apesar da obrigação legal de busca e salvamento, não recebem ajuda das autoridades estatais responsáveis. O Nadir dedica-se a localizar e estabilizar embarcações em perigo, a prestar cuidados médicos iniciais e a coordenar os esforços de resgate necessários para levar as pessoas à segurança.
Este documentário acompanha uma rotação de três semanas a bordo do Nadir em abril e maio de 2023. Mostraremos os primeiros 15 minutos do filme de 52 minutos que capta cronologicamente os eventos da implantação tal como se desenrolaram no mar. Sem música adicional ou comentários de voz, o filme esforça-se por oferecer uma perspetiva o mais livre de filtros possível, ao mesmo tempo que reconhece a sua subjetividade inerente. Ao fazê-lo, procura criar espaço para que o público observe, reflita e se envolva nos seus próprios termos — provavelmente, levantando mais questões do que fornecendo respostas.
O filme é apresentado nas suas línguas originais — inglês, alemão, italiano e francês — com legendas em inglês. Para proteger as identidades das pessoas em perigo, todos os indivíduos foram omitidos e os depoimentos foram registados apenas por escrito.
Exposições
Alina Levyz
Alina Levyz é uma artista visual cujo trabalho explora a intersecção entre emoção, memória e natureza através de composições expressivas e em camadas. Natural da Ucrânia, tendo vivido e sido criada em Xangai durante quase uma década, inspira-se em diversas culturas e na interação dinâmica entre a água, a luz e a experiência humana.
As suas exposições incluem uma mostra individual intitulada Água em Xangai e Pedaços de Mim em Lisboa, refletindo a sua viagem por diferentes paisagens exteriores e interiores. O trabalho de Alina faz parte de coleções particulares e de hotéis boutique na China. Continua a desenvolver a sua voz artística, fundindo a abstração com delicados elementos figurativos, convidando os espectadores a espaços intimistas de reflexão e transformação.
Atualmente a viver em Lisboa, Portugal, Alina está a desenvolver a sua próxima série, misturando técnicas tradicionais com narrativas contemporâneas.
Andorinha – Biblioteca de Gente em Movimento
O Andorinha – Biblioteca de Gente em Movimento é um projeto comunitário itinerante, desenvolvido por Co.estar – Experiências e Projetos Regenerativos, que percorre o sul de Portugal para criar espaços seguros de encontro entre pessoas migrantes e comunidades locais. Inspirados pela metodologia das Bibliotecas Humanas, acreditamos que escutar com empatia transforma relações e reduz fronteiras invisíveis. Realizam sessões presenciais, recolhem histórias reais e partilham essas vozes em formatos criativos e sensíveis — porque cada vida tem algo a ensinar.
A sua instalação no Festival Passagens é parte do roteiro itinerante, e estará a ouvir e partilhar histórias de imigração no país para levar durante o voo do projeto. Este projeto é financiado pelo Corpo Europeu de Solidariedade, um programa da União Europeia que apoia ações de juventude com impacto social positivo.
A equipa é composta por cinco jovens com histórias diferentes, vindos de várias partes de Portugal e do mundo, unidos por uma amizade construída na escuta, no afeto e na vontade de aprender juntos. São eles: Maria Guadalupe Mendonça, Gabriel Figueiró, Laura Green, Alessandro Caruso e Maria Beatriz Sousa. Juntos, sonham e constroem espaços onde a partilha de histórias reais promove empatia, diálogo e transformação social.
Segue o projeto:
Instagram: @co.estar, @bibliotecadegente, @gabeeiro
Página web do projeto: https://www.coestar.com.br/andorinha
Projeto Mesmo Mundo
“Do mesmo mundo” é um projeto independente e solidário que teve início em Paris do ano passado. Vem com a vontade de dar visibilidade às experiências de migração, pela expressão das pessoas que vivem ou viveram estas experiências.
É um espaço de processo criativo coletivo, que começou com escrita e pintura, e alarga-se agora a novas formas de expressão.
Procura na expressão alguma coisa que deixámos de saber explicar.
Tatuadores
Reis (@reistattooer) trabalha como tatuador profissional a quase 20 anos.
Em 2018 começou a viajar pela Europa e Sudeste Asiático a fazer guest spots, e viver em hotéis e Airbnbs até que em 2023 decidiu assentar com a família em Lisboa.
Misturando o tradicional com o moderno, usa técnicas clássicas de tatuagem com toques contemporâneos.
Chegado a Portugal no final de 2022, Vitor (tourettetattoo), natural do Rio de Janeiro, deixou a faculdade de cinema para se dedicar inteiramente à arte da tatuagem. Influenciado pela cultura underground (do punk ao heavy metal), pela ilustração e pela literatura, vem incorporando no seu trabalho tudo aquilo que consome no dia-a-dia, criando tatuagens no estilo tradicional com uma abordagem muito própria.
Workshops
Workshop “Desenhos Migratórios” com Bárbara Barreto
Partindo da ideia de ser migratório, nesta atividade temos uma personagem e uma viagem que se desenrola por um livro construído pelos participantes. A personagem pode migrar, transformar-se e adaptar-se a novos ambientes e experiências. Que viagem e que história são estas? Somos nós que vamos traçar essa narrativa visual.
Bárbara Barreto é natural de Lisboa (1997), mas foi Torres Vedras onde passou a maior parte da sua infância. Fez a sua formação na área de Design de Produto, mas desde pequena que se espanta e entusiasma com outros mundos, especialmente os da arte, educação e conhecimento.
Enquanto estudava, trabalhou como monitora na oficina de madeiras da escola, foi mentora e coordenadora de atividades enriquecimento curricular no ensino básico e pertenceu a uma equipa de cenografia. Actualmente dedica parte do seu dia ao Espaço MyMachine, em Óbidos, onde gere este ateliê, o projeto a ele agregado e dinamiza oficinas para escolas e famílias baseadas na metodologia de projeto e em abordagens educativas como Reggio Emilia e Montessori. Nas horas vagas, dedica-se a olhar o mundo, (a tentar) cantá-lo e a outras atividades criativas mantendo-se em contacto com a natureza sempre que possível.
Bárbara Barreto
https://www.instagram.com/barbarante/;
Público Alvo: Crianças entre os 5 e os 12 anos
Participantes: Crianças e 1 adulto acompanhante/criança, devem falar português
Duração: 1h30
Podes preencher este formulário para participar até ao limite de vagas.
Workshop “Eu, Pessoa Migrante” com Romina & Eduarda
Este workshop foi especialmente idealizado para pessoas que, como Romina & Eduarda, saíram dos seus países e estão agora espalhadas pelo mundo. É criado um espaço de reflexão sobre as suas histórias, construídas com desafios, ensinamentos e mudanças, buscando criar raízes onde quer que estejam.
Através de dinâmicas criativas, partilha e expressão artística, vão explorar experiências migratórias e dar mais um passo na aventura de se encontrarm, onde quer que seja o seu destino.
Público Alvo: Migrantes
Duração: 1h
Será dado em Português.
Podes preencher este formulário para participar até ao limite de vagas.
Romina Marzoratti
Argentina, Psicóloga clínica especializada na área comunitária e proteção a refugiados. Professora de yoga. @roma_marzoratti_yoga
Eduarda Estrella
Brasileira, imigrante, Arte-Psicoterapeuta e Educadora Montessori. @experiencias_artisticas
Comida
Hiatus Food
O projeto Hiatusfood da Cazu, tem como objetivo dar a conhecer um pouco da cultura e gastronomia africana com foco em Cabo Verde e os demais países de língua portuguesa. No próximos dias 17 e 18 de maio a Hiatusfood propõe patrocinar-nos uma “Passagem” pela gastronomia Caboverdiana, em concreto o prato típico “Cachupa” sendo também disponibilizado a versão vegetariana.
Coxinha da Lívia
Comer é um ato político, por isso somos um projeto dedicado ao veganismo que produz salgados, doces e refeições cujo propósito é trazer conscientização e muito sabor à mesa.
Coletivo Mukambu – Sabores de São Tomé e Príncipe
A culinária transforma-se em resistência, afeto e memória. Venha saborear os pratos típicos de São Tomé e Príncipe, preparados com carinho por Sandra e Ary, mulheres residentes no Barreiro que colaboram com o Coletivo Mukambu, do Vale da Amoreira.
Coletivo Mukambu – Sabores da Guiné-Bissau
Para além de arte, música, encontros e resistências, venham prestigiar a gastronomia típica guineense — um verdadeiro mergulho de sabores e memórias pelas mãos da luso guineense Assatu Djalo ( a Tia Satu) do Coletivo Mukambu do Vale da Amoreira.